Usina de dessalinização da água do mar
A dessalinização de águas salobras acontece quando passa a vapor e se torna doce e o vapor não produz água salgada depois que se condensa.
A dessalinização de águas salobras acontece quando passa a vapor e se torna doce e o vapor não produz água salgada depois que se condensa.
Nos oceanos esta é a principal solução para o atendimento das
futuras demandas de água doce, já que são possuidores de 95,5% da água
existente no Globo Terrestre.
Processos para dessalinização da água do mar:
· Destilação convencional
· Destilação artificial
· Eletro diálise
· Osmose reversa
A dessalinização da água salgada ou salobra, do mar, dos açudes e
dos poços, se apresenta como uma das soluções para a humanidade vencer mais
esta crise que já se pronuncia.
Atualmente muitos países e cidades estão se abastecendo totalmente
de água doce extraída da água salgada do mar que, embora ainda a custos
elevados, se apresenta como a única alternativa, concorrendo com o transporte
em navios tanques, barcaças e outros.
O consumo de água doce no mundo cresce a um ritmo superior ao do
crescimento da população, restando, como uma das saídas, a produção de água
doce, retirando-a do mar ou das águas salobras dos açudes e poços.
O uso das fontes alternativas de energia, como a eólica e a solar,
apresentam-se como uma solução para viabilizar a dessalinização no nosso
semi-árido, visando o consumo humano e animal e a micro-irrigação, o que
propiciaria melhores condições para a fixação do homem no meio rural.
"Na maioria
dos processos, cerca de um terço da água do mar vira água potável, enquanto os
dois terços restantes são descartados na forma de salmoura, um líquido com alta
concentração de sais que sobra da separação", afirma o geólogo Aldo
Rebouças, da Universidade de São Paulo (USP). O descarte desse resíduo é um dos
grandes dilemas da dessalinização. No solo, a salmoura inibe o crescimento das
plantas. Se a mistura cair em correntes de água doce, ela pode matar a vida
aquática sensível ao sal. O ideal é despejar o resto de volta no mar ou em
lagoas de água salobra. O Brasil, mesmo sendo um dos países mais ricos em água
doce, também utiliza processos de dessalinização para purificar a água de
lençóis subterrâneos no Nordeste.
O Nordeste é
caracterizado por condições semi-áridas, com baixa precipitação pluviométrica e
por um solo predominantemente cristalino, que favorece a salinização dos
lençóis freáticos. Até agora as iniciativas se restringiram a soluções
paliativas, como a construção de açudes e a utilização de carros pipa.
A dessalinização de água através de osmose inversa apresenta-se
como uma ótima alternativa, uma vez que possui um menor custo quando comparado
com outros sistemas de dessalinização. Além de retirar o sal da água, este
sistema permite ainda eliminar vírus, bactérias e fungos, melhorando assim a
qualidade de vida da população interiorana. O seu funcionamento está baseado no
efeito da pressão sobre uma membrana polimérica, através da qual a água irá
passar e os sais ficarão retidos. A integração com a energia eólica faz-se
necessária devido ao baixo índice de eletrificação rural da região, tornando o
sistema autônomo. Será utilizada uma turbina de 1.5 KW que irá fornecer
eletricidade alternadamente para a bomba de captação de água do poço.
Histórico dos processos de dessalinização:
· Em 1928 foi instalado em Curaçao
uma estação dessalinizadora pelo processo da destilação artificial, com uma
produção diária de 50 m3 de água potável.
· Nos Estados Unidos da América as
primeiras iniciativas para o aproveitamento da água do mar datam de 1952,
quando o Congresso aprovou a Lei Pública número 448, cuja finalidade seria
criar meios que permitissem reduzir o custo da dessalinização da água do mar. O
Congresso designou a Secretaria do Interior para fazer cumprir a lei, daí
resultando a criação do Departamento de Águas Salgadas.
· O Chile foi um dos países
pioneiros na utilização da destilação solar, construindo o seu primeiro
destilador em 1961.
· Em 1964 entrou em funcionamento o
alambique solar de Syni, ilha grega do Mar Egeu, considerado o maior da época,
destinado a abastecer de água potável a sua população de 30.000 habitantes.
· A Grã-Bretanha, já em 1965,
produzia 74% de água doce que se dessalinizava no mundo, num total aproximado
de 190.000 m3 por dia.
· No Brasil, as primeiras
experiências com destilação solar foram realizadas em 1970, sob os auspícios do
ITA-Instituto Tecnológico da Aeronáutica.
· Em 1971 as instalações de Curaçao
foram ampliadas para produzir 20.000
m3 por dia.
· Em 1987 a Petrobrás iniciou o seu programa de
dessalinização de água do mar para atender às suas plataformas marítimas,
usando o processo da osmose reversa, tendo esse processo sido usado
pioneiramente, aqui no Brasil, em terras baianas, para dessalinizar água
salobra nos povoados de Olho D'Água das Moças, no município de Feira de
Santana, e Malhador, no município de Ipiara.
· Atualmente existem 7.500 usinas
em operação no Golfo Pérsico, Espanha, Malta, Austrália e Caribe convertendo
4,8 bilhões de metros cúbicos de água salgada em água doce, por ano. O custo,
ainda alto, está em torno de US$ 2,00 o metro cúbico.
· As grandes usinas, semelhantes às
refinarias de petróleo, encontram-se no Kuwait, Curaçao, Aruba, Guermesey e
Gibraltar, abastecendo-os totalmente com água doce retirada do mar.
Fonte:
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/
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